Conteúdo e desenvolvimento:
Os Softwares para execução das atividades são:
- Inkscape - Editor de Gráficos Vetoriais Profissional
- Gimp - Editor e manipulador de Imagens Profissional
- Scribus - Diagramador Profissional
O curso está sendo desenvolvido em módulos de 02 horas diárias. Para o início das atividades utilizamos a sala chamada "ilha" durante 03 semanas, porque o telecentro não possuía o programa Inkscape instalado. As atividades foram desenvolvidas através de um DVD CUSTOMIZADO de minha autoria do sistema operacional Ubuntu 9.10. Pelo fato de ter ocorrido sinergia com o sistema utilizado ficou proposto inicialmente que ao final do “curso” todos ganhariam o DVD que estavam utilizando, desta forma poderiam desenvolver mais em qualquer ambiente livremente. Para se trabalhar com este programa é necessário que o indivíduo estabeleça uma relação de compreensão e significado com o que está produzindo. O exercício de construção perceptiva é complexo e demorado dependendo da maturação e grau de aceitação de cada indivíduo. A produção artística deve construir um significado simbólico que estabeleça relação com a realidade, principalmente se esta realidade for a real, onde vive aquele agente produtor. Por isso faz se necessário refletir sobre o que e para quê se produz.
O primeiro programa utilizado foi o Inkscape onde foram desenvolvidos de forma lúdica e prática os seguintes conteúdos:
1. Reconhecimento da interface e proposta do programa.
2. Ferramentas – formas básicas, retângulo, elipse, caneta de beizer, lápis, gradiente, ferramenta texto e texto em caminho.
2.1 Caixas delimitadoras e controladores de objetos.
2.2 Caixa de texto e formatação avançada de kerning de fonte para diagramação e elaboração de texto artístico.
2.3 Trabalho com Camadas: travar / visualizar objeto.
3. Barra de Cores – padrões CMYK e RGB.
4. Linha guia – orientação e organização de layouts.
5. Reconhecimento de suportes gráficos – tamanho de suporte (folha) A4, A5, Filipeta, Cartão de Visita, Papelaria em geral.
6. Reconhecimento de formatos gráficos – tipos de arquivos, formato de renderização de informação e acabamento para bureau de impressão. PDF, CDR, SVG, TIFF, BMP, PNG, etc.
7. Efeitos e dicas – aplicação de máscara, clipe, clone de objetos em sequência, transparência em fotos, instalação de fontes, visita à sites.
7.1 Sites visitados: colourlovres.com / inkscapebrasil.org / olhares.com / openclipart.org / screencasterheathenx.org / ubuntu.com / estudiolivre.org /
7.2 Livro consultado: OSTROWER, Fayga Perla: Universo da Arte, 13ª Ed. – Rio de Janeiro: Campus, 1983.
Após alguns dias de trabalho e discussão à cerca da arte de a produção, a relação homem + x = tecnologia, referindo até que ponto o home é dependente principalmente das grandes detentoras do poder dos padrões como a Microsoft e a Apple surgiu a necessidade de criar um ambiente onde fosse possível uma convergência dos trabalhos e ideologias, que poderiam ser concebidos em outros ambientes que não o do “curso”, foi então proposto a criação do blog como mecanismo de interação de todos os participantes e de outras pessoas que pudessem vir a incrementar o grupo. A palavra coletivo foi abordada sob a ótica da produção, do conhecimento e dos méritos serem coletivos e não pertencentes à um único indivíduo. 01 DVD com o sistema operacional Ubuntu também foi entregue à cada um participante como incentivo à produção livre e independente.
Os trabalhos realizados estão disponíveis no blog: http://bombadegominha.blogspot.com.
O módulo com o Gimp foi mais voltado para significação da produção. Quando nos referimos às imagens / fotos estamos falando também das artes visuais que têm como objeto de estudo a imagem, a leitura estética se faz necessária, apenas o “fazer” exclui a possibilidade de observação, reflexão e compreensão.
As fotos tratadas durante o módulo foram particulares. Esse tipo de produção aproxima os participantes das leituras artísticas, valoriza e significa o trabalho. Por isso, não estão no blog, mas foram postadas no Orkut.
Atividades desenvolvidas:
1. Reconhecimento da interface e proposta do programa – manipulação das janelas e personalização da interface.
2. Ferramentas básicas – seleção retangular e elipse, vara mágica, seleção por cor, pincel, borracha e carimbo, seleção por nós com caneta béizer.
3. Tratamento e trabalho com camadas – inserção de nova camada, travar / visualizar e transparência.
4. Correção – Brilho e contraste, limites, curvas e canais.
5. Redimensionamento e impressão – resolução em DPI (pontos por polegada), formato PDF, TIFF, JPG, GIF e PNG.
O software Scribus é um diagramador profissional para o feitio de jornais, panfletos, folder’s, livros, etc. Sua utilização não foi bem aceita pelo coletivo neste momento. Também não há demanda de produção neste contexto, e por este motivo desenvolvemos pequenas atividades para que o grupo pudesse entender o que é um diagramador e suas potencialidades.
A escrita é a primeira tecnologia de fixação do conhecimento, foi concebida historicamente pelos Fenícios para fins comerciais. É necessário que ocorra uma mudança paradigmática entre seus usuários para que possam desfrutar dela e refletir sobre a sua influência na sua própria formação e de toda sociedade. O fato não se resume no conhecimento, mas nos desdobramentos que este pode acarretar. Os jovens não tratam a escrita com tanta importância quanto suas representações pictórias e verbais sobre a realidade e a sociedade.
Atividades desenvolvidas:
1. Reconhecimento da interface e proposta do programa.
2. Ferramentas básicas – caixa texto, caixa de imagem, ferramenta retângulo e elipse, conversão de caixa em material híbrido para inserção de texto ou imagem.
3. Renderização para formatos - PDF, PDF-X3, PDF 1.4.
4. Acabamento – tamanho final de impressão e sangria.
Considerações:
O grupo ainda está em processo de desenvolvimento e com certeza com a continuação das atividades obras com acabamento profissional serão realizadas, algumas já estão próximas da qualidade padronizada como pode ser apreciado na aba “trabalhos” no blog. Já realizamos a impressão de alguns trabalhos para que os participantes pudessem visualizar as diferenças da obra na tela e no suporte.
